A revista digital Complex (famosa por publicar listas polêmicas) fez uma revelando 50 fatos que talvez muitos não saibam sobre a Supreme. A marca é cercada de mistérios, especulações e histórias.
Seu fundador James Jebbia é um cara reservado que se recusa a dar entrevistas. Raramente fala sobre a marca. A Supreme é do tipo que atrai uma multidão de adoradores e odiadores ao mesmo tempo.
James Jebbia é britânico mas nasceu nos Estados Unidos. Ele viveu na Inglaterra até os 19 anos.
Jebbia abriu sua primeira loja em 1989, a Union NYC. Em 1991 ajudou a abrir a filial nova-iorquina da Stussy, enquanto criava sua própria marca, a Supreme.
Quando adolescente, aprendeu como funcionava o mercado de vendas trabalhando na loja Parachute, junto ao futuro fundador da Undefeated, Eddie Cruz.
Na época James gastou $12.000 dólares para abrir a loja.
O logo da marca foi “inspirado” na propaganda da artista plástica Barbara Kruger. A artista afirma até hoje que a marca copiou descaradamente seu trabalho e que ela nunca autorizou e se quer recebeu nenhuma quantia por isso.
A fonte usada é a Futura Heavy Oblique.
O design da loja de Nova Iorque foi pensado para que os skatistas entrassem direto com seus carrinhos.
O skatista Gio Estevez foi o primeiro funcionário contratado da loja.
Aaron Bondaroff, influenciador conhecido na cena nova-iorquina, largou o colegial em 1992 e foi pego roubando a primeira loja de Jebbia. Dois anos depois foi contratado para trabalhar na Supreme.
A primeira parceria da Supreme foi com o artista Rammellzee que grafitou a parte interna da loja.
O primeiro time de skate da Supreme era composto por Ryan Hickey, Justin Pierce, Gio Estevez, Peter Bici, Mike Hernandez, e os irmãos Jones e Chris Keefe, e Loki e Paul Leung.
James Jebbia já foi ator mirim. Ele participou da série da BBC, “Grange Hill”, interpretando o personagem Thomas Watson.
A Calvin Klein entrou com ação judicial contra a Supreme por terem colocado um adesivo nas fotos de divulgação da modelo Kate Moss.
A Supreme lançou seu primeiro vídeo promocional em 1995, intitulado “A Love Supreme”.
As primeiras camisetas lançadas pela marca foram a “Afro Skater” e a “Taxi Driver”, inspirada no filme e no personagem de Robert De Niro, Travis Bickle.
Jebbia não é dono do nome Supreme pois a palavra não pode ser patenteada.
O logotipo da marca com o “E” acentuado foi inspirado no designer francês, Andre Courreges (conhecido em 1965 por popularizar a mini-saia).
O skatista Mark Gonzales, que mais tarde viria a se tornar integrante da crew original da Supreme, costumava enviar cartões postais endereçados para a loja. Algumas vezes ele colocava como remetente, o também skatista Harold Hunter, com o assunto “Supream”.
O “Motion logo” foi inspirado no filme “Goodfellas”.
A fabricante canadense CYC, responsável por fazer moletons para marcas como Reigning Champ e Wings + Horns, também fazia as peças forradas da Supreme. Atualmente a marca trabalha com outro fornecedor mais barato e com material de qualidade inferior.
Em 2001, a Supreme lançou no Japão esta camiseta promocional, bem polêmica por sinal. Apesar disso, a marca mantém até hoje um bom relacionamento com a Nike.
A marca teve várias licenças de reprodução negadas – da NCAA em 1997, da liga de hóquei NHL em 2009 e da Louis Vuitton em 2000.
Nada do que a Supreme vende é classificado como “limitado”, segundo Jebbia. Porém a marca mantém estoque de poucas quantidades com o objetivo de não ficarem encalhadas nas lojas, o que praticamente nunca ocorre.
Apesar de ser uma marca de skate, Supreme colaborou com a loja de bicicletas Brooklyn Machine Works no ano 2000. A parceria contou com bikes aro 24 disponíveis em quatro cores diferentes, incluindo o tom vermelho. Cada bike foi vendida por $1.800 dólares.
Uma das primeiras marcas a criar algo exclusivo para a Supreme foi a Padmore & Barnes. A parceria lançada em 2000 contou com a bota M345 Sahara.
Em 2001 e 2002, a marca produziu dois modelos de tênis: Down Low e o Mid Town, que não emplacaram.
Em 2012 foi estimado o patrimônio líquido de James Jebbia, que é de 40 milhões de dólares.
A artista, designer e diretora, Vashtie Kola, tentou trabalhar na Supreme em 2001. Gio Estevez, amigo pessoal e membro da crew original da marca, recomendou que ela trabalhasse para a Stussy. Jebbia considerou que ela se encaixaria melhor com a proposta da marca
Em 2003, a marca tentou lançar o modelo Low do Nike Dunk em complemento dos Highs. No entanto, o lançamento foi rejeitado pela Nike por conta de problemas com a patente.
A camiseta “Blue Monday”, lançada em 2005, conta com a paleta de cores criada pelo artista Peter Saville para a banda New Order. As cores presentes na camiseta correspondem a frase “Peter Saville for Supreme”.
Em 2005, o grafiteiro Keo TC5, criador da máscara do rapper MF Doom, foi convidado para lançar peças em parceria com a Supreme. A parceria não saiu do papel porque Keo considerou que os desenhos que havia feito estavam incompletos.
Lançada em 2005, a primeira “Photo tee” da Supreme foi clicada por Kenneth Cappello e contou com o rapper Raekwon, seu segurança particular e um boneco do personagem da Vila Sésamo, Elmo.
Após abrir sua primeira loja no Japão a marca fechou negócio com a empresa de logística Onegram Co., que realiza os trâmites de exportação de Nova Iorque para Tóquio até hoje.
James Jebbia gosta de deixar claro que o artista Richard Prince desenhou shapes para a Supreme muito antes de colaborar com o estilista Marc Jacobs em bolsas para a Louis Vuitton, em 2007.
Inspirado por em ensaio fotógrafo para a revista japonesa Ollie Magazine, Angelo Baque, gerente e diretor de marketing da Supreme decidiu construir uma mini-ramp para a crew de skatistas da marca.
Os shapes feitos em colaboração com artistas como Murakami, Christopher Wool, Richard Prince e Marilyn Minter tiveram a ajuda do curador Neville Wakefield
Em 2009 a marca começou a fotografar seus próprios lookbooks.
O Nike SB 94 foi feito especificamente para a Supreme, e também foi o primeiro tênis de skate contendo a tecnologia foamposite.
Quando a marca lançou seu primeiro livro pela editora Rizzoli, em 2010, todos os funcionários ganharam uma cópia e uma camiseta exclusiva, que trazia um box logo preto na frente e a capa livro atrás.
A Supreme pagou 20 mil dólares para comprar a Shortypop, marca que fazia paródias de suas peças.
Em 2011 o diretor, produtor, roteirista, e cineasta, Harmony Korine, desenvolveu um shape, que nunca foi lançado, em parceria com a marca.
Também em 2011, a Supreme se uniu a galeria de arte, OHWOW, e ao skatista Jason Dill para lançar a zine “DILL WITH FUCK THIS LIFE”.
A Supreme também faz camisetas para crianças, mas são dadas como presente apenas para amigos e pessoas próximas ligadas a marca.
A marca mantém apenas duas contas nas redes sociais, Facebook e Instagram. Todas as outras são falsas.
Matthew Williams, diretor criativo da Lady Gaga, foi responsável pelo envolvimento da cantora com a Supreme em campanha lançada em 2011.
Em 2011, quando a Supreme inaugurou a loja de Londres, James em uma de suas raras entrevistas, comentou que gostaria de colaborar com a designer britânica Vivienne Westwood.
Atualmente James vive em Nova Iorque com sua mulher e seus dois filhos em um espaçoso loft localizado no requintado bairro Greenwich Village. A decoração de seu apartamento conta com peças de porcelana de Pablo Picasso.