A marca mineira de meias, Feed The Feet, fez uma imersão na década de 60 em busca de elementos para compor sua nova entrega.
Intitulada “Woodsocks”, fazendo clara referência ao maior festival hippie que se tem conhecimento, a ideia era misturar o antigo com o novo, incluindo o atual momento pelo qual estamos passando.
Mariana Salomé (CEO), nos contou um pouco sobre o processo de desenvolvimento e concepção da mesma. Prevista para ser lançada em abril, casando com a temporada de festivais, a ideia acabou sendo postergada devido à pandemia.
“Achei que a quarentena seria mais curta e que poderia fazer as fotos da coleção com câmeras analógicas em festivais e eventos com aglomeração. Isso não aconteceu e, ironicamente, o lançamento foi mais digital do que eu imaginei”, conta a fundadora da marca.
Mas o contratempo não impediu que a coleção fosse para frente, inclusive a mesma acabou sendo adaptada ao digital e no fim o resultado ficou super alinhado com o momento que estamos vivendo.
WOODSOCKS – FESTIVAL DE MEIAS
Sobre as meias, Mariana conta um pouco como surgiu a ideia de cada uma das peças.
O modelo “Tie-Dye Aquarela” levou um tempo para ser desenvolvido já que a designer criou um efeito totalmente digital, feito pixel por pixel, deixando de lado a tradicional técnica usada. Seguindo essa mesma pegada, surgiu a “Tie-Dye Sky”, que remete a eventos a céu aberto e também em dias nublados.
Trazendo um pouco de leveza e humor está a “Smiley Paisley”, modelo totalmente inspirado na simbologia do festival Woodstock. A meia tem visual psicodélico trazendo como destaque o Smiley. Ainda dentro da mesma padronagem tem a “Paisley Básica”, que possui referências ao bordado indiano, Boteh.
A coleção Feed The Feet “Woodsocks”, está disponível no e-commerce da marca.
Aproveitando o gancho, a designer comenta que gostaria de colaborar mais com marcas e artistas brasileiros. Além disso, sua ideia é desmistificar o uso de meias de cano alto e seu uso reforçado em sua grande maioria apenas por homens.
“O protagonismo masculino para roupas confortáveis ainda se sobressai, mas a mudança é notável e tem melhorado atualmente com lojas como Guadalupe e Your ID, que vem apoiando e dando mais visibilidade a diferentes movimentos”, explica Mariana.
COLLAB COM O I HATE FLASH!
A colaboração com o coletivo de fotógrafos do Rio de Janeiro, I Hate Flash retorna na terceira edição. A meia lançada no ano de 2017, com as cores da bandeira LGBTQIA+ retorna mais madura e mais inclusa. Neste terceiro ano, ela foi relançada nos tons pastéis além da tradicional.
“É comum receber propostas de colaborações em datas próximas ao temas LGBTQIA+ por ter uma marca que abraça a diversidade e inclusão, mas não significa que eu só queira falar sobre este tema e fazer meias da causa. É interessante notar a necessidade de expressão das outras pessoas por suas perspectivas pessoais e sociais. Convidar artistas locais e ver o que eles tem para expressar, dar espaço para um tema livre”, comenta a designer.